Simplemente Fernando é o nome do album lançado recentemente pelo bailarino e coreografo Fernando Sosa, que tão bem conhecemos dos palcos de tantos congressos. Pois é… agora o nosso “bambino“ canta… para além da voz foi também o criador de algumas das músicas e letras… Talentoso Sosa… A última música deste
album é uma espécie de biografia ao som do piano…:) Simplemente Fernando é o primeiro CD de Sosa, que se estreia como cantor, com a ajuda de Massimo Scalici, criaram um CD com espirito latino e dançante… (só ouvindo poderão perceber) A capa do CD é o mais típico de Fernando Sosa: fotos de si, do seu corpo e das suas tatuagens… Narcisimo… talvez, mas ouçam o CD vale a pena… As músicas deste CD são:
1. Intro 2. Loco Por Vos
3. Locura tg
4. Carolina
5. La Sabrosa
6. Metele Pasiòn
7. Amores
8. La Fama 9. Palpitaciones
10.Descarga Tropical
11.Carolina (pop Version)
12.Zulma
A sua música tem uma forte orientação Jazz, pop e algumas músicas a fazer lembrar Nova Iorque dos anos 70, na compilação tem também uma bachata que dedica á sua picolla Carolina… O álbum é forte, apaixonante e com algumas música surpreendentes, fazendo jus ao seu nome de bailarino conceituado… Infelizmente este album não está à venda em Portugal, mas poderão adquiri-lo em: www.alosibla.it ou www.salsa.it
Dave Paris e Zoë Klein apresentam uma combinação única entre acrobacias aéreas e a dança folclórica afro-cubana. Especializaram-se durante vários anos em técnicas acrobáticas, estudando as técnicas circences. Em 2005, formam a companhia de dança Paradizo Dance, este acro-duo que mistura de show acrobatico com a dança e a arte teatral, tendo como base a dança contemporânea misturada com a arte e o espectáculo circense. Dave & Zoë apaixonaram-se pela arte da dança, mas também pelo ensino dessa mesma arte, fazendo workshops que têm como ponto fundamental a dança acrobática. Juntos realizaram shows com os Cirque Boom, Tribecca Film Festival, Cuba Libre, entre outros e diversos congressos mundiais. Dave Paris estudou durante 7 anos com alguns dos maiores génios do mundo da dança, tal como: * Eddie Torres e Razzmtazz*. Dave ensina e treina uma equipa de dança acrobatica MS 88 Kids, em Brooklyn. O seu maior sonho é que a dança acrobática faça parte do programa curricular nas escolas dos EUA. Zoë Klein iniciou-se na dança acrobática em Nova Iorque, onde tirou curso superior e pós graduação em Dança e Estudos Culturais. Zoë estudou dança moderna e de improvisação durante toda sua vida. Durante 5 anos, treinou na companhia LAVA, treinado como seu aprendiz, onde aprendeu a arte circense. Zoë também foi membro co-fundador do circo / teatro KIRKOS, companhia coordenada por Kate Magram. O seu maior ponto de realização é voar trapézio. Esta fantástica bailarina estudou dança folclórica afro-cubana e percussão na Escola Nacional Del Arte, em Havana Cuba. Zoe foi formalmente Diretora Técnica no Brooklyn Arts Exchange e Danspace Projeto Inc.. Este par de bailarinos forma a companhia de dança Paradizo Dance, que é uma das companhias de dança acrobática mais conceituada no mundo da dança e em particular da Salsa.
A Rumba Afro-Cubana teve a sua origem nos escravos trazidos de tribos africanas, mais precisamente na região de Quimbundo, Crioulla e Guiné. A sua dança era inspirada no quotidiano e nos movimentos de alguns animais, como por exemplo os galos. Estas danças eram também a fonte de inspiração dos Orishas, principalmente em Xangô, no entanto todos os orishas representam a rumba afro-cubana, como vos tem vindo a falar o Pedro nas suas postagens. A dança agrupa uma combinação de movimentos do corpo, principalmente de braços e peito. A melodia era considerada menos importante, uma vez que será o cruzamento de ritmos produzidos pela percussão dos mais variados objectos do dia-a-dia.
CUBA Os negros foram levados pelos espanhóis para Cuba, estes traziam consigo a sua cultura, mas devido à escravidão esta dança foi escondida durante muitos anos. Somente em 1886, com a abolição da escravatura em Cuba, os ex-escravos foram libertados à sua sorte e, como não puderam permanecer no campo, pois não possuíam terras para a agricultura e estavam debilitados economicamente, tiveram que ir viver para a periferia das pequenas aldeias e cidades. Existem 3 versões de como se implementou a rumba: 1ª – Os negros pobres de Havana e de Matanzas criam a rumba, como protesto contra a sociedade que os marginalizava, embora já fossem completamente livres eram tratados como cidadãos de segunda. 2ª – Distintas tribos africanas misturaram-se, juntamente com os brancos assalariados que trabalhavam nos pequenos negócios nas cidades. Neste contexto, surgiu a festa colectiva e profana chamada Rumba ( que significava – fiesta ), com tal impacto que a palavra rumbeiro se utiliza para designar uma pessoa festeira, e rumbear, a actividade festiva intensa, tanto em Cuba como em todo Caribe. 3ª – Há quem afirme que a rumba vem de um outro ritmo denominado guaguancó, desde a época em que os colonizadores trouxeram para Cuba a chamada música flamenga, há mais de 400 anos. O estilo espanhol fundiu-se com os ritmos primitivos que os escravos africanos tocavam nos batás, originando-se dessa mistura de sons o novo ritmo em suas várias versões. (Os batás eram espécies de tambores de duas bocas feitos a partir de troncos ocos de árvores e eram considerados pelos africanos como tambores sagrados de Xangô ). Na época de sua criação a Rumba animava as festas espontâneas realizadas pelos negros nos solares – pátios dos casarios – e originalmente eram identificadas em três formas distintas: a colúmbia executada pelos escravos, o guaguancó sugerindo o jogo de sedução e o yambú de forma mais lenta evocando a postura dos idosos. (Iremos numa próxima postagem falar de todos os géneros). O seu desenvolvimento a seguir a abolição da escravatura foi difícil, devido à pobreza extrema dos grupos sociais que viviam na periferia da cidade, os instrumentos utilizados na rumba foram os móveis, utensílios da casa e do trabalho diário; em pouco tempo, passou-se a utilizar as caixas usadas na importação do bacalhau (fonte de renda nacional na época) pela sua boa madeira. Tais caixas foram a inspiração para o modelo hoje utilizado chamado “cajón”. Inicialmente, a forma primitiva de dançar dos escravos escandalizou os brancos nativos, criando assim um processo de refinamento que durou anos. Somente a partir da década de 40, é que a rumba cubana se internacionalizou. Invadiu os salões e as telas dos cinemas em todo o mundo; cantores cubanos foram convidados a se apresentarem nos palcos da Europa e dos EUA, tais como orquestras cubanas: Lecuona Cuban Boys, Machito y sus Afro Cuban , Sonora Matancera são presenças constantes nos palcos internacionais; surgem os primeiros rumbeiros famosos nos palcos e nas telas de cinema, tais como Maria Antonieta Pons , Ninon Sevilha, Cuquita Carballo e outras mais. Nos EUA, nasceu a rumba quadrada (1930-40) introduzida por bailarinos e emigrantes cubanos que também criaram, no mesmo período, o filho mais famoso da rumba – A Salsa. Monsieur Pierre e Doris Lavelle introduziram a verdadeira rumba cubana nos EUA (Nova Iorque) e na Europa (Londres), mas só foi aceita com muito argumento no ano de 1955, tendo sua versão oficialmente reconhecida.
Nascido no dia 3 de julho de 1950, no mesmo hospital onde nasceu Tito Puente, Eddie Torres foi criado pelos seus pais porto-riquenhos no Harlem Hispânico, conhecido como “El Barrio”, em Nova Iorque. Iniciou-se no mundo da dança muito cedo, com apenas 12 anos, utilizando todo o seu tempo livre para aprender e aperfeiçoar técnicas. Nesses dias, muitos clubes não autorizados em adolescentes, mas o famoso Hunts Point Palace abriu todos os domingos a partir de meio-dia à meia-noite, e foi aí que Eddie desenvolveu a sua vocação. O famoso Paladium fechou em 1965… deixando de ser o recanto e fonte de inspiração para os bailarinos. Assim que conseguiu financeiramente, Eddie Torres abre a sua própria academia de dança, a fim de partilhar com outros o seu conhecimento, o que acontece por volta de 1973. Entre 1975 e 1986, a casa nocturna Corso, na East 86th Street, em Nova Iorque, tornou-se o lar da segunda geração da era do Paladium, que fechou as suas portas em 1965. Sempre que possível Eddie vai dança ao som de Tito Puente e Machito no Corso. Desde o início, Tito Puente foi o seu mentor musical, mas somente em 1980, é que realizou o seu sonho, apresentaram-se como “Bailarinos de Tito Puentes” e dançaram no Coliseu Nova Iorque ao som da Orquestra de Tito Puentes. Musicais da Broadways, Ailey’s work, African dancing, flamengo são a dua fonte de inspiração e o seu ponto de equilíbrio na dança Latina.
June Laberta foi uma das bailarinas mais importantes na vida de Eddie Torres, professora de dança de salão, ela escreveu o livro “BallRoom Dance” e imortalizou os passos de Eddie Torres, registando-os em seu nome. Eddie fundou a sua academia de dança – Eddie Torres Dance Company; no entanto indica que o seu maior orgulho foi realizar espectáculos e coreografar vídeos musicas com diversos os seus artistas favoritos, tais como: Orquestra de Tito Puente, Ruben Blades, Orquesta de la Luz, Tito Nieves, José Alberto El Canario, David Byrne, etc… Durante muitos anos Eddie dançou com Maria, que posteriormente se tornou sua esposa, a opinião foi unânime, os críticos indicavam que toda a magia e sensualidade transmitida pelo par advinha de uma confiança e combinação dos seus dois corpos formando um só… O ponto alto, dos últimos tempos, que Eddie gosta de recordar é quando a sua companhia de dança foi convidada, para dançar para o presidente George Bush, realizado no Carnegie Hall. Eddie Torres tem uma vida cheia de sucessos e o seu nome estará eternamente associado ao pai da salsa mundial…
Nuno Araújo e Rita Morais, um dos pares de Salsa mais talentosos da Península Ibérica e ainda com muita margem de progressão, sagraram-se, no passado mês de Julho, Campeões de Salsa de Portugal 2009, ganhando a 1ª edição do Salsa Open Portugal de 2009, realizado em Aveiro, durante a edição do Salsa in Ria 2009, demonstrando mais uma vez toda a sua enorme qualidade. O trajecto deste par, teve início no ano de 2005, quando formaram par, ainda na companhia de dança do Porto Espasso Latino. Mais tarde, vieram para Braga, onde iniciaram a sua carreira a solo, contando já no seu curriculum com diversas participações nos principais congressos e festivais de Salsa nacionais e internacionais. Como mais prestigiante, podemos salientar a participação honrosa no Puerto Rico Salsa Open, o mais importante congresso de Salsa do Mundo. Desde que se iniciaram como par, já fizeram 4 coreografias que têm feito as delícias dos apaixonados da Salsa em diversos locais de norte a sul do país. Nuno Araújo, iniciou o seu percurso nestas lides através das Danças de Salão, e só mais tarde enveredou pelas Danças Latinas, em especial a Salsa (e em boa hora o fez). O trajecto na dança de Rita Morais coincidiu com a sua entrada companhia de dança do Porto Espasso Latino, onde revelou todo o seu talento através da Salsa (a sua grande paixão). Presentemente são professores e coreógrafos de danças latino-americanas, leccionando em diversos locais do Norte e centro do país.
Carla Voconi nasceu em Terramo, Itália. A sua formação em dança inicia-se ainda em criança, com a ginástica rítmica e dança contemporânea. O seu primeiro par foi Marco Ferrigno, e foi com este, que se tornou conhecida e reconhecido pelo seu trabalho, foi também com Marco que Carla se iniciou como bailarina profissional… Em 2006, Carla mudou-se para Milão e juntamente com Marco tornam-se bailarinos da companhia de Juan Matos – “Fogarate Dance Project”. No final do ano de 2007, Carla é convidada para ingressar no elenco dos “Tropical Gem”, tendo feiro parte do musical “Fantasia”. Relança-se internacionalmente como bailarina de sucesso A partir Janeiro de 2009, esta fantástica bailarina torna-se o par do bailarino Adolfo Indacochea. Excelente bailarina com um incrível curriculum…